ILICITUDE

.....Há uma coisa que me faz confusão quase para além do que o meu cérebro consegue processar. Faz comichão mental, mesmo.

.....Frequentemente passo por pessoas que eu interpreto como gajas boas. Epá são mesmo boas. E depois, pelo teor da conversa, que ouço durante os quatro segundos que demoro a passar por elas, noto que elas não são gajas. São pitas. E quando digo pitas tou a falar de não mais do que treze, catorze anos.

.....Os corpos destas miúdas crescem incomparavelmente mais rapido do que as suas cabecitas (que estão cheias de floribella e purpurinas), e um gajo fica a pensar "dava-lhe uma".

.....E DEPOIS de ter este pensamento é que nos apercebemos da idade delas e da ilicitude dos nossos pensamentos. Ora eu não gosto de ter pensamentos ilícitos. Só a ideia de atravessar a rua fora da passadeira deixa-me angustiado. Agora imaginem pensar que fodia uma pita de treze anos.

.....E parece que a culpa não é delas mas mesmo a pita com o corpo melhor, se não se vestir como uma puta, não dá tanto nas vistas. Mas elas gostam de dar nas vistas. Quer dizer, metade destas vacas andam a chupar pilas desde os nove. Começa no papá, passa pelo padre local, e termina nos colegas. Em todos os colegas.

.....Há Sempre aqueles que dizem que se "já tem relva, já joga à bola". Não sou um desses.

.....Por causa disto tudo, escrevi o seguinte poema:

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"Ó minha putéfiazinha,

Porque te vestes assim?"